quinta-feira, 14 de janeiro de 2010


Saiba por que o terremoto no Haiti foi tão devastador



Ok, vamos começar. Para iniciar o blog vamos comentar um assunto atual e que comoveu todo o mundo com o tamanho do acontecimento. Um terremoto de 7.0 no Haiti, país pobre e com problemas internos, mesmo auxiliado pela ONU com a ajuda de militares brasileiros. Let's go...



Especialista comenta características do tremor

A grande devastação provocada em Porto Príncipe pelo terremoto de 7 graus na escala Richter se deve ao fato do tremor ter acontecido perto da superfície, a 10 km de profundidade, explicou Yann Kinger, especialista do Instituto Físico do Globo (IPG).

France Presse - Como explicar a magnitude dos danos causados pelo terremoto?

YK - Foi um terremoto muito superficial, pois aconteceu na crosta terrestre, a 10 km de profundidade. Não foi em absoluto um terremoto de subducção (deslizamento da margem de uma placa da crosta terrestre por baixo da margem de outra) como acontece geralmente nas Antilhas. Este foi um tremor que se chama de deslocamento, no qual acontece um movimento horizontal. Aconteceu no limite norte da placa das Antilhas com a placa norte-americana. O epicentro foi pouco profundo e provocará muitos danos. Para um tremor de deslocamento não é uma profundidade anormal. Os sismos de deslocamento podem liberar grandes energias.


AFP - É uma zona propícia para os terremotos?

YK - Esta falha era conhecida, estava cartografada e há pessoas que trabalham nela porque fica no limite de uma placa importante. A placa do Caribe limita no oeste com as ilhas das Antilhas e no norte fica a placa norte-americana. Existe um movimento horizontal entre as duas placas.

AFP - Levando em consideração que o epicentro foi localizado 15 km ao sudoeste de Porto Príncipe, outros danos devem ser previstos?

YK - O terremoto foi superficial e também aconteceu no meio da cidade, portanto, forçosamente trará enormes danos. As construções são certamente muito precárias e não necessariamente de boa qualidade. E os serviços de emergência não são tão eficazes como na Europa ocidental, por exemplo.

Texto retirado do portal R7.

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